A Canonical está desenvolvendo uma versão do Ubuntu para smartphones, mas muitas questões ainda estão em aberto. O pessoal do Engadget conseguiu uma entrevista com Richard Collins, responsável pelo projeto do Ubuntu Phone e ex-funcionário da Symbian Foundation, que revelou muitas coisas interessantes sobre o novo sistema.
A Canonical sabe que vai concorrer em um mercado já saturado. Com Android e iOS dominando, outros bons concorrentes tentam seu lugar ao Sol, como o Windows Phone e BlackBerry 10. Mesmo no mercado entry-level, onde a Canonical pretende mirar a princípio, temos a linha Asha com o S40 da Nokia, e outros sistemas em desenvolvimento como o Firefox OS da Mozilla, o Sailfish da Jolla e o Tizen da Samsung .
Ainda assim, Richard acredita que a proposta do Ubuntu é diferente e pode conquistar seu espaço. De maneira semelhante ao Windows, a Canonical usará basicamente o mesmo kernel e base de código para o sistema em desktops e smartphones. Isso permitirá que apps desktop sejam facilmente adaptados para os celulares, e que a experiência de uso seja semelhante.
No entanto, a Canonical não planeja ter uma loja de apps prontos para o lançamento do Ubuntu:
Em termos da estratégia do nosso primeiro produto no mercado, a intenção não é ter uma loja de aplicativos cheia de apps já criados e prontos para download. Nós temos uma estratégia definida para uma parte importante do mercado onde os usuários estão primariamente interessados em usar um pacote inicial de aplicativos.
Além disso, Richard também não quer criar um middleware que torne capaz de rodar aplicativos do Android no Ubuntu, mesmo que ambos os sistemas sejam baseados em Linux:
Muitos desenvolvedores Android já usam o Ubuntu em seus desktops e nós temos muita afinidade com eles. Nós pretendemos encorajá-los a fazer com que seus aplicativos Android rodem no Ubuntu, mas nós não vamos desenvolver nenhum middleware para rodar apps Android. Desenvolvedores são inteligentes e capazes o suficiente para fazer seus apps rodarem em nossos dispositivos.
Isso não quer dizer, no entanto, que o Ubuntu nunca terá uma loja de apps - só não será logo de cara. Também há a possibilidade de que vários apps estejam disponíveis para download, mas de forma descentralizada, espalhada pela internet.
A falta de uma oferta maior de apps pode não ser um problema tão grande para aparelhos de baixo-custo, mas para entrar no mercado dos aparelhos high-end, a Canonical ainda vai ter um longo caminho a percorrer. Se você lê em inglês, vale a pena conferir a entrevista completa aqui.
de Tudocelular.com Redação
Nenhum comentário:
Postar um comentário